segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Ela merece!

Que grande jogo tivemos nesta manhã de sábado (noite na Austrália)! A final feminina do Australian Open reuniu as duas melhores jogadoras do torneio: Kim Clijsters – que, para mim, com a aposentadoria de Henin passou a ser a melhor em atividade – e Na Li. Uma, tricampeã do US Open, ex número um do mundo e em ótima forma técnica. A outra, fazendo história em seu continente, chegando a uma final de um torneio de Grand Slam pela primeira vez, jogando um ótimo tênis. A primeira chegava como favorita, a segunda como azarão, mas a coisa quase se inverteu na hora que a bola começou a viajar pela quadra.

Na Li fez um belo primeiro set, enquanto Clijsters errou muito e não conseguiu manter o equilíbrio do jogo por muito tempo. Resultado: perdeu a primeira parcial. Mas a partir da metade do segundo set as coisas começaram a andar bem para a belga, que venceu com certa facilidade. A chinesa começou a pressionar mais, errar mais e Kim a errar menos, controlando cada vez melhor os pontos e o jogo. No fim, venceu a melhor. Melhor na partida, melhor no torneio, melhor no circuito. Ela agora parte em busca do primeiro lugar do ranking mais uma vez, já que subiu uma posição e está bem perto de Wozniacki, que defende muitos pontos este ano. Vamos ver como será sua temporada.

Ficam aqui os parabéns à chinesa, que fez uma campanha extraordinária. Mais do que isso, faz uma temporada extraordinária, perdendo pela primeira vez no ano nesta final contra Clijsters, tendo sido campeã em Sydeney. Eu falava dela desde o início do torneio, que vinha quietinha, à margem das câmeras, e que poderia chegar muito longe em Melbourne. E chegou. E, por pouco, não ficou com o título. Espero que ela mantenha o ritmo ao longo do ano. A WTA está precisando ganhar emoção. O jogo de pancadaria e/ou de balõezinhos lá do fundo da quadra precisa evoluir, precisa melhorar. Henin abandonou a carreira. Vamos ver se Serena volta a jogar com um pouco mais de vontade e Clijsters joga mais torneios. Precisamos de um pouco mais de inteligência e habilidade dentro da quadra. Os fãs agradecem.

Quanto a Clijsters, não há muito o que dizer que eu já não o tenha feito ao longo deste torneio. A belga joga um tênis gostoso de ver, é muito carismática, ilumina o circuito com seu sorriso despojado e é a mais talentosas de todas as tenistas que estão aí. Tomara que jogue muito ainda este ano, pois queremos vê-la levantar muitos troféus. Ela merece!

Nenhum comentário:

Postar um comentário