segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Só falo daquilo que vi... (1ª Rodada Australian Open)

Bom, infelizmente não tenho condições de assistir a todos os jogos que gostaria. Tenho um emprego que não é esse, então só vejo o que dá. E na primeira rodada do Australian Open eu vi muito pouco, muito menos do que achei que fosse ver, mas como precisava acordar 6:30 da manhã, dormir à 1:00 já foi um certo luxo que me permiti após um fim de semana muito cansativo. Seja como for, lá vai minha opinião sobre o que deu pra ver ontem/hoje.

Sharapova foi a primeira coisa que apareceu na minha TV ontem. E ainda foi em HD, para minha sorte! Hehe. Brincadeiras à parte, gostei do que vi. A russa não fez uma partida espetacular, não mostrou um tênis de assombrar as adversárias – até porque ela não tem um tênis assim, digamos, sensacional –, mas fez o que sabe bem: soltou o braço lá do fundo da quadra, gritou muito, encurralou a adversária, angulou muito bem os golpes e subiu de maneira eficiente à rede sempre que precisou (ganhou todos os pontos que disputou ali), o que lhe fez vencer com muita facilidade. Os sustos das quebras não foram suficientes pra dizer que o jogo foi duro ou que Sharapova se complicou. Foi uma boa estreia. Os primeiros serviços, quando entravam, complicavam bastante a vida de Tanasugarn, mas o alto número de duplas faltas preocupa para um jogo mais equilibrado. A russa precisa melhorar, o que acho que acontecerá com o natural aumento da confiança. Vamos ver. Acho que se tiver mais equilíbrio no saque, ela pode ir longe, pois mostrou ontem um bom jogo de fundo de quadra, com bolas muito rápidas e bem anguladas. Se calibrar um pouquinho mais a mão – foram 22 erros não forçados e 10 duplas faltas – vai bem longe.

O segundo jogo que vi foi o de Wozniacki. A dinamarquesa melhorou muito seu jogo, mostrando mais consistência, mas ainda acho que ela não tem bola pra se manter no topo por muito tempo. Seu jogo mais defensivo e nada agressivo pode atrapalhá-la em um torneio como esse, com quadra muito rápida e muito calor. A seu favor o fato de ter vencido uma adversária muito mais forte e agressiva do que a de Sharapova. Dulko jogou bem, mas acho que sua própria cabeça foi uma adversária mais dura do que a número um do mundo que estava do outro lado da quadra. A argentina parecia nervosa e ansiosa nos pontos mais importantes, errando muito quando não podia nem precisava. Seja como for, Wozniacki avança e avança bem, pois deve aumentar a confiança com a boa vitória depois de dois fracassos vergonhosos no início do ano. Fico imaginando como estava a cabeça da menina para essa estréia. Isso já vai diminuir muito daqui para frente.

A última coisa que vi foi Monfils iniciar a virada de sua grande vitória. Quando vi o holandês De Bakker no terceiro set antes do saque no nono game falei: “vai perder o game e, dependendo de como perder, o jogo vai embora também”. Não deu outra. O cara estava pilhado demais. Agitava as pernas, olhava de um lado para o outro, ansioso, louco para levantar e decidir o jogo. Olha, sou capaz de apostar que ele pensava “vamos acabar logo com isso antes que Monfils se lembre que joga um belo tênis e vire o jogo“. Quando o game começou, o francês só precisou devolver os saques, o resto o adversário fez sozinho. Em um game extremamente mal jogado, cheio de erros bizonhos, o holandês dava adeus ao jogo e a vitória mudava de lado já ali. Ali, ainda com dois sets por jogar? Sim, ali. Quem joga tênis sabe: cabeça é 80% do jogo e a do holandês foi embora pra casa naquele voleio extremamente fácil que ele jogou pra fora. Só precisei esperar Monfils confirmar o set para ir dormir, mas não sem antes falar: “esse maluco vai tomar uma bicicleta nos próximos sets”. Errei por pouco. Para o francês fica a lição de não desligar do jogo nunca, por mais fácil que seja. Para o holandês fica a de que o jogo só acaba quando termina.

Como meu chefe não entenderia minha admiração por Roger Federer, tive que ir dormir. Mas gostaria de tê-lo visto jogar uma exibição antes de estrear, de fato, na próxima rodada do torneio.

Hoje de manhã ainda pude ver um pouco do jogo da Henin. Depois que ela se lembrou do que é capaz, ficou fácil passar pela indiana. Torço muito pra que a belga volte a apresentar o tênis que a colocou milhares de pontos a frente da segunda colocada no ranking da WTA. Seria ótimo vê-la jogar assim contra Clijsters e as irmãs Williams. Vamos ver. Minha favorita ainda é a Aussie Kim, mas vamos ver...

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