Depois de Wozniacki veio minha grande decepção no Australian Open até aqui: a derrota de Justine Henin. Não vi esse jogo, mas os números não mentem: a belga teve rendimento muito abaixo do normal. Não sei se a dor no cotovelo que já a incomodou na partida contra Baltacha voltou a dar as caras, mas fato é que a ex número um do mundo está fora do Australian Open. Uma pena, já que ela é uma das poucas que ainda faz algo diferente da pancadaria do fundo da quadra que reina na WTA hoje em dia.
Depois do abandono de Venus no segundo game do primeiro set (sem comentários), foi a vez de Sharapova entrar em quadra. Outro jogo que, infelizmente, não vi. Infelizmente. Admiro a carreira da russa. Não a considero uma tenista dona de recursos espetaculares ou de grandes variações, mas no que se propõe a fazer, ela faz bem. Ninguém ganha três torneios de Grand Slam e se torna número um do mundo por sorte. Além disso, essa sua nova fase da carreira, o reencontro com seu jogo pós-lesão, tem sido muito interessante. Já escrevi aqui sobre o que penso a respeito disso. E continuo achando que ela voltará ao topo, assim que achar uma nova maneira de sacar e atacar dentro das limitações que seu corpo lhe impõe agora. A russa ainda erra muito, mas também força muito o jogo. Vamos ver até onde ela vai. Já é uma vencedora por ter chegado até aqui depois de tudo que passou recentemente.
No primeiro dia da terceira rodada foi isso: digno de nota é a vitória de Na Li. A chinesa vem por fora dos holofotes e vem atropelando. Olho nela.
No segundo dia, Zvonareva suou, mas venceu. Seu jogo continua o mesmo: plantada na linha de base contra atacando muito bem e errando menos do que se esperaria. Assim como Wozniacki, ela faz um bom trabalho do fundo da quadra, mas ainda não tão eficiente como a número um. A seu favor o fato de atacar bem mais e não esperar tanto o jogo acontecer. Ela busca mais o resultado do que a dinamarquesa. Vamos ver como será seu comportamento em um jogo contra alguém que jogue com bolas mais rápidas e que contra ataque bem.
Depois de Zvonareva foi a vez da belga Kim Clijsters entrar em quadra. Irreconhecível, a belga errou demais e quase complica um jogo que não oferecia qualquer risco. No final ela acabou se recuperando e vencendo bem. Acabaram as oportunidades de ter um apagão como esses. Daqui pra frente isso pode ser fatal. Uma bela atropelada nas oitavas pode trazer a boa e velha Kim de volta.
A lamentar, as eliminações de Peer, Stosur (principalmente) e Petrova.
Aguardo ansioso as oitavas. Se fosse apostar nos nomes que vão às quartas, o faria em Wozniacki, Kuznetsova, Sharapova, Na Li, Peng, Clijsters, Pennetta e Zvonareva. Vamos ver, hoje e amanhã, o rumo que as coisas vão tomar.
No masculino a emoção não foi tão grande, salvo algumas exceções. Ferrer, Soderling, Berdych, Verdasco, Almagro, Djokovic e Federer avançaram sem grandes sustos ou maiores problemas. Digno de nota nesses jogos apenas a desistência de Troicki e a surra de Soderling no algoz do brasileiro Bellucci. Roddick levou um susto no primeiro set, mas depois se recuperou e carimbou o passaporte para a próxima rodada.
As decepções da rodada foram Tsonga, que foi atropelado nos dois últimos sets, Baghdatis, que abandonou o jogo no quarto set sem maiores explicações, e Youzhny, um top dez que caiu para o número cento e cinqüenta e dois do mundo.
A batalha da rodada ficou por conta de Isner – como gosta de uma batalha! – e Cilic. Americano e croata lutaram por quase cinco horas e no fim o europeu levou a melhor. Ele agora enfrenta Nadal por uma vaga nas quartas.
Assim como fiz no feminino, vou arriscar os nomes que passam para as quartas: Nadal, Ferrer, Soderling, Murray, Verdasco, Djokovic, Wawrinka e Federer.
Que venham as oitavas!
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